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As escolas de Sorocaba amanheceram neste domingo de eleição repletas de santinhos espalhados pelo chão, uma cena que se repete a cada ciclo eleitoral. Os pequenos panfletos, com rostos sorridentes de candidatos e números de campanha, cobrem as calçadas e as proximidades das seções eleitorais, formando um verdadeiro tapete de papel. Apesar de proibida por lei, a prática de derrubar santinhos na véspera ou no próprio dia da votação persiste, gerando críticas tanto de eleitores quanto de autoridades.
Além do incômodo visual e do desrespeito às normas eleitorais, essa ação irresponsável traz impactos ambientais, já que boa parte desse material acaba entupindo bueiros ou sendo carregado para córregos próximos, prejudicando o sistema de drenagem da cidade. Equipes de limpeza da prefeitura e voluntários atuam desde as primeiras horas do dia para tentar minimizar os danos, mas o volume de panfletos jogados é grande.
Muitos eleitores que chegam para votar expressam indignação com a situação, apontando que o excesso de santinhos jogados nas ruas reflete uma tentativa de última hora de conquistar votos de forma desleal. “Isso atrapalha o processo eleitoral e ainda suja nossa cidade”, comentou um morador que foi às urnas logo cedo.
Autoridades de fiscalização, como o Tribunal Regional Eleitoral, têm reforçado a importância de denunciar essas irregularidades, lembrando que a prática de “chuva de santinhos” é passível de multa e punição para os candidatos e seus partidos. Mesmo assim, a tradição negativa parece resistir ao tempo, deixando a cidade com uma face menos cívica nesse momento crucial da democracia.