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A Câmara Municipal de Sorocaba realiza nesta sexta-feira (3) a primeira sessão extraordinária do ano, sob a presidência do Pastor Luís Santos (Republicanos), que assume a liderança da Casa por dois anos. Durante a reunião, marcada para as 14h30, os vereadores deverão votar cinco projetos, incluindo uma proposta que poderá autorizar novos empréstimos para a administração municipal.
Reeleito para o segundo mandato, o prefeito Rodrigo Manga (Republicanos) propõe um empréstimo de até 150 milhões de dólares (aproximadamente R$ 923,3 milhões) para financiar obras de infraestrutura e outras áreas da cidade. Caso aprovado, o projeto pode aumentar a dívida de Sorocaba para R$ 1,5 bilhão até o final da gestão, sem contar com futuros empréstimos.
O projeto de lei enviado pela Prefeitura destina os recursos para áreas como infraestrutura, mobilidade urbana, direção, saneamento, inovação e tecnologia, e ações contra mudanças climáticas. Entre as prioridades estão: US$ 66 milhões para pavimentação e reformas de prédios públicos, US$ 66 milhões para sistemas de drenagem e tanques de contenção de cheias, US$ 10 milhões para a criação de parques e estabilização de encostas, e US$ 8 milhões para a modernização da gestão pública.
A administração municipal defende que o crescimento populacional e econômico de Sorocaba demanda investimentos urgentes, sendo o financiamento a única opção viável para atender às necessidades da cidade. No entanto, o aumento das dívidas públicas tem gerado questionamentos sobre a sustentabilidade dessa estratégia.
A gestão de Manga, que iniciou com uma série de empréstimos, já contraiu financiamentos de US$ 56 milhões em 2021 para obras viárias, R$ 62 milhões em 2022 para a troca de iluminação pública e R$ 200 milhões em 2023 para o saneamento básico , com a aprovação de novos empréstimos em pauta.
Além do projeto de individualização, a sessão inclui uma proposta de reorganização administrativa, que prevê a criação de novas secretarias, como a Secretaria do Turismo, Secretaria da Mulher e Secretaria de Inclusão. O objetivo, segundo o prefeito, é modernizar a gestão pública e atender às novas demandas sociais e econômicas da cidade.
Também na pauta projetos sobre a delegação de serviços públicos de limpeza urbana estão a criação da Secretaria Legislativa, além da fixação de vencimentos para a carga de secretário legislativo.
O cenário evidencia a pressão sobre os serviços municipais e as estratégias de financiamento do município para enfrentar os desafios do crescimento urbano. A votação dos projetos terá impactos significativos na gestão fiscal e na execução de políticas públicas em Sorocaba nos próximos anos.