Sorocaba e região passam a contar, a partir da primeira quinzena de outubro, com um reforço inédito no atendimento de emergências: o serviço de resgate aeromédico do Comando de Aviação da Polícia Militar (CAvPM). O anúncio foi feito nesta sexta-feira (15) pelo Governo de São Paulo, durante a inauguração do 55º Batalhão da Polícia Militar do Interior.
A operação terá como unidade de referência o Hospital Regional de Sorocaba, escolhido por sua estrutura hospitalar completa, heliponto e localização estratégica às margens da Rodovia Raposo Tavares. A expectativa é garantir atendimento rápido a pacientes em estado crítico, com cobertura de até 20 minutos de voo — cerca de 60 quilômetros — podendo ser ampliada conforme a gravidade ou a necessidade de acesso a locais remotos.
O serviço atenderá vítimas de politraumatismos e outras ocorrências graves, como acidentes de trânsito, afogamentos, quedas, acidentes de trabalho e situações com múltiplas vítimas. Segundo a capitão Natália Giovanini, do CAvPM, a prioridade é “prestar socorro imediato em casos de risco iminente de morte ou perda de funcionalidade, reduzindo o tempo de chegada ao atendimento especializado e aumentando as chances de recuperação”.
A bordo, a equipe contará com médicos e enfermeiros especializados em suporte avançado de vida, treinados dentro das normas de segurança de voo. A aeronave está equipada com monitor e desfibrilador com oximetria, capnografia e pressão arterial não invasiva, ventilador mecânico microprocessado, aspirador, bombas de infusão e medicamentos para sedação e analgesia. Também terá materiais para procedimentos de emergência, como drenagem torácica, acesso à via aérea invasiva e assistência a partos complicados.
Essa estrutura permite a estabilização das vítimas ainda durante o deslocamento, aumentando as chances de sobrevivência e recuperação antes mesmo da chegada ao hospital.
O serviço integra o Projeto Resgate, ativo em São Paulo desde 1989. Ao longo desses anos, mais de 14 mil pessoas já foram socorridas com apoio dos helicópteros Águia, além do transporte de mais de 900 órgãos para transplante.