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A partir de hoje (23), as tarifas de energia elétrica em Sorocaba e região sofrerão um aumento médio de 3,03%, conforme aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O reajuste afeta aproximadamente 1,94 milhão de unidades consumidoras atendidas pela CPFL Piratininga, com variações para diferentes perfis de consumo.
Impacto nas Tarifas O reajuste será dividido de acordo com os grupos de consumidores. Para as empresas de alta tensão, como grandes indústrias, o aumento será de 2,88%. Já para os consumidores de baixa tensão, que incluem residências, pequenos comércios e iluminação pública, o acréscimo será de 3,10%.
Este aumento sucede uma redução média de 4,37% nas tarifas no ano anterior, com queda mais expressiva para indústrias (-11,47%) e uma leve redução para residências (-0,19%). Segundo a Aneel, o principal motivo para o reajuste de 2024 está no aumento dos custos de aquisição de energia e encargos de distribuição, além da pressão causada pela bandeira tarifária vermelha patamar 2, que já está em vigor. Com essa bandeira, o consumidor paga R$ 7,87 a mais a cada 100 kWh consumidos, como forma de compensar os custos elevados de geração durante períodos de escassez hídrica.
Impacto Econômico Local A CPFL Piratininga, com sede em Sorocaba, tem um faturamento anual estimado em R$ 6,33 bilhões. O aumento nas tarifas preocupa consumidores e setores industriais da região, que já enfrentam desafios com os custos operacionais elevados. Para muitas famílias e pequenas empresas, o reajuste representa mais uma pressão sobre o orçamento, já sobrecarregado pelas bandeiras tarifárias elevadas.
O Processo de Reajuste A revisão das tarifas faz parte do ciclo regulatório da Aneel, que analisa anualmente os custos das distribuidoras. Neste ano, foi aplicado o Reajuste Tarifário Anual (RTA), um processo mais simples que ajusta os valores conforme índices de inflação e custos operacionais da distribuidora. Em anos de Revisão Tarifária Periódica (RTP), a análise é mais complexa e leva em conta a eficiência operacional, metas de qualidade e perdas de energia.
Com o novo reajuste, consumidores de Sorocaba e região terão que se adaptar ao aumento das tarifas, ao mesmo tempo em que se discute a necessidade de maior investimento em eficiência energética e alternativas sustentáveis para conter o impacto das bandeiras tarifárias no orçamento familiar e nos custos das indústrias.
