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Olha, minha gente, aqui é a Dona Maria de novo! Aquela velha que tenta, tenta tirar umas férias, mas parece que o universo conspira contra o meu descanso. Eu e meu grupo de jovens senhoras — tudo com cheiro de naftalina e alma de 20 aninhos — estávamos lá, em pleno spa +65, com pepino nos olhos e água com limão na mão, quando o celular da Marlene começou a apitar mais que panela de pressão.
E o que era? Uma live! Não era qualquer live, não. Era uma senhora — que, com todo respeito, tá mais derretida que sorvete no asfalto de Araçoiaba — fazendo um show ao vivo no Facebook, se descabelando pra tentar se defender de uma armadilha que ela mesma armou. Gente, eu quase derramei a água com limão na calça bege da Zuleide de tanto rir.
O bafafá começou porque esse jornal aqui, que essa velha ama participar, iniciou um projeto novo: checagem de notícias. Chique, né? E logo na estreia, quem foi a premiada? A nossa querida fofoqueira digital! Pois é, a primeira postagem dela a ser checada era mais falsa que nota de três reais. Mentira daquelas bem feias, de fazer até o Pinóquio chorar.
E como jornalismo sério se faz com responsabilidade, esse jornal foi lá, apurou os fatos, entrevistou, verificou e… tcharã: era FAKE NEWS. Aí a senhora surtou. Abriu live atrás de live, tremendo mais que vara verde, dizendo que era injustiçada, caluniada, perseguida. Faltou só dizer que era iluminada por uma luz divina.
O argumento dela? “Eu só posto o que me mandam no inbox!”
Ah, maravilha! Agora o critério jornalístico é: “se veio no zap, deve ser verdade!” Imagina só: duas ou três almas iluminadas mandam uma teoria da conspiração e pronto, ela já espalha como se fosse edição especial do Fantástico.
Isso não é jornalismo, minha filha. Isso é jogo de “telefone sem fio” com upgrade — versão 5G, com fake news em alta definição!
Essa velha aqui ficou preocupadíssima. Porque veja bem, o mínimo — o MÍNIMO — que se espera de quem se propõe a informar, é checar o que publica. Mas esperar isso de página de fofoca é igual esperar caviar na quermesse da igreja: não vai rolar.
Pior é que depois da live, ela ainda tentou apagar tudo achando que ninguém tinha visto. Ah, minha filha, internet não é varal pra recolher roupa suja depois da chuva, não! Tudo fica salvo, printado e compartilhado mais rápido que receita de pão doce para o café da tarde.
E o que me espanta é que tem gente que ainda defende, viu? Diz que ela “só quer ajudar”. Ajudar quem, meu Deus? Ajudar a confundir? Porque esclarecer, que é bom, nada. É cada teoria cabeluda que nem cabeleireiro com 40 anos de profissão consegue desembaraçar.
A essa altura, até o grupo do terço da Dona Neuza já está comentando a novela. Teve até bingo cancelado porque as senhoras estavam tudo ligadas na fofoca da live. Se isso não é movimentar a cidade, eu não sei o que é!
E olha que a velha aqui só queria curtir um barro com argila e um suco detox de beterraba, mas não teve jeito. Fofoca em Araçoiaba tem mais força que Wi-Fi de shopping.
Agora o grupo do zap das idosas virou uma verdadeira redação investigativa. A Zuleide já até baixou aplicativo de print automático — agora ninguém escapa!
O spa virou redação, minhas filhas. Onde era massagem, agora tem análise de discurso; onde era hidroginástica, tem debate de ética jornalística. Dona Lourdes até trouxe o notebook pra próxima viagem.
Então, meus filhos, confiem sempre neste jornal aqui pra saber o que é verdade e o que é mentira. Porque a gente checa, apura, confirma e só depois publica. Diferente de quem joga no ventilador e depois tenta catar confete no vendaval.
Agora, se tem gente lendo isso com os cabelos em pé, fiquem tranquilos, viu? Essa velha só ouve as histórias no portão e conta com um toquezinho de humor. Aqui, a língua não é venenosa, é só afiada! Até a próxima, meus amores!
Nota: Este texto é uma peça única e exclusiva de humor e sátira. Qualquer semelhança com eventos reais é mera coincidência e não deve ser interpretada como afirmação de fatos. A intenção é apenas divertir e entreter, sem prejudicar ninguém.