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Israel atacou nesta segunda-feira (26), pela primeira vez desde o início da guerra em Gaza, alvos na região de Baalbek, no Leste do Líbano, um reduto do Hezbollah, matando pelo menos dois membros da organização política e paramilitar fundamentalista islâmica.
Um dos ataques teve como alvo um depósito do Hezbollah e outro um edifício que abriga instituição civil pertencente ao grupo islâmico pró-iraniano nos arredores da cidade de Baalbeck, conhecida como o seu templo romano, disseram duas fontes de segurança citadas pela agência de notícias francesa AFP.
As fontes adiantaram que dois membros do Hezbollah foram mortos.
O Exército israelense limitou-se a indicar, em comunicado, que estava “atualmente a realizar ataques contra objetivos terroristas do Hezbollah nas profundezas do Líbano”.
Os ataques ocorreram após anúncio feito hoje pelo Hezbollah de que abateu um drone israelense sobre o Sul do Líbano.
A região de Baalbeck, na planície leste de Bekaa, na fronteira com a Síria, é um reduto do Hezbollah que tem ali presença militar significativa.
Os ataques de hoje são os primeiros contra o Hezbollah fora da Região Sul do Líbano, palco de violência diária entre a formação xiita e o Exército israelense desde o início da guerra em Gaza.
Em 2 de janeiro, um ataque de Israel teve como alvo um alto representante do movimento islâmico palestino Hamas, aliado do Hezbollah, nos subúrbios de Beirute. Saleh al-Arouri e mais seis integrantes do Hamas foram mortos.
Desde o início da guerra em Gaza entre Israel e o Hamas, em 7 de outubro, o Hezbollah tem atacado diariamente posições militares israelenses, em apoio ao aliado palestino, e Israel tem feito bombardeios contra o Líbano.
A organização libanesa anunciou que sua “unidade de defesa antiaérea” tinha “abatido um grande drone israelense do tipo Hermes 450 utilizando um míssil terra-ar”. Acrescentou que o incidente aconteceu na região de Iqlim al-Touffah, um reduto do Hezbollah a cerca de 20 quilômetros da fronteira com Israel.
Os militares israelenses confirmaram que um dos drones que operavam no Líbano foi abatido.
Pelo menos 280 pessoas, a maioria combatentes do Hezbollah, bem como militantes de outros grupos aliados, e 44 civis, foram mortos em mais de quatro meses de conflito, segundo uma contagem da AFP.
Do lado israelnse, dez soldados e seis civis foram mortos, de acordo com o Exército.
O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, alertou nesse domingo que uma possível trégua nos combates com o Hamas na Faixa de Gaza não prejudicaria “o objetivo” de Israel de expulsar o Hezbollah da sua fronteira norte.