Medicamentos terão reajuste de até 5% a partir de abril

Getting your Trinity Audio player ready...

A partir de 1º de abril de 2025, os preços dos medicamentos no Brasil sofrerão um reajuste de até 5%, conforme decisão da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED). Este aumento, que será aplicado a diversos tipos de medicamentos, ocorre em um cenário de inflação controlada, com o reajuste abaixo da média histórica do setor. A medida foi anunciada em meio a discussões sobre os impactos econômicos e a acessibilidade aos tratamentos essenciais para a população.

Novos Percentuais de Reajuste

De acordo com as diretrizes da CMED, os medicamentos serão classificados em três níveis, com diferentes percentuais de aumento, que variam de acordo com a competitividade do mercado e a concentração do setor:

  • Medicamentos Genéricos (Nível 1): Os medicamentos genéricos, que dominam o mercado de remédios de baixo custo, terão um reajuste de 5,06%, equivalente à inflação acumulada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
  • Medicamentos em Mercados Moderadamente Concentrados (Nível 2): Medicamentos que atuam em mercados mais concentrados terão um aumento de 3,83%.
  • Medicamentos de Mercado Altamente Concentrado (Nível 3): Medicamentos com menor concorrência no mercado sofrerão o menor reajuste, de 2,60%.

Esses reajustes são calculados com base em parâmetros como o IPCA acumulado e outros fatores econômicos que impactam o setor. A expectativa é que o reajuste de 3,7% em média tenha um impacto direto nas farmácias e distribuidores, especialmente no segundo semestre de 2025, com possíveis reflexos na lucratividade das empresas do setor.

Reflexos no Setor Farmacêutico e no Consumidor

Com o reajuste inferior à inflação, espera-se que o setor farmacêutico enfrente desafios para manter sua rentabilidade. Algumas análises indicam que empresas como a RD Saúde poderão enfrentar uma queda em seus lucros líquidos devido ao aumento dos custos operacionais, impactando o preço final dos medicamentos para o consumidor.

Além disso, o reajuste nos preços não deve ser uniforme. Medicamentos com maior concorrência, como os genéricos, sofrerão um aumento menor, o que pode representar uma alternativa para consumidores que buscam reduzir os custos com tratamentos contínuos.

Isenção de Impostos para Importação de Medicamentos

Em paralelo ao reajuste nos preços internos, o governo federal renovou a isenção do imposto de importação para medicamentos adquiridos por pessoas físicas. A Medida Provisória 1.271, publicada em 25 de outubro de 2024, mantém a isenção até março de 2025, permitindo a importação de medicamentos para uso pessoal sem encargos adicionais, desde que o valor da compra não ultrapasse US$ 10 mil. Essa medida visa facilitar o acesso a medicamentos que não estão disponíveis no mercado nacional.

Conclusão

O reajuste dos preços dos medicamentos, embora moderado, reflete um equilíbrio entre a necessidade de sustentabilidade do setor farmacêutico e a preocupação com a acessibilidade dos medicamentos à população. Para os consumidores, é recomendável acompanhar de perto os preços nas farmácias e, sempre que possível, antecipar a compra de medicamentos de uso contínuo. Acompanhar as mudanças do mercado e as novas medidas governamentais pode ser crucial para mitigar o impacto financeiro dessas alterações.

Com isso, o reajuste programado para abril de 2025 terá um impacto relevante no orçamento das famílias brasileiras, que devem se preparar para os ajustes, especialmente em tempos de incerteza econômica.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *