PF faz operação contra fraudes cibernéticos e lavagem de dinheiro em Sorocaba e região

A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta terça-feira (2), a Operação Lauandi, destinada a desarticular uma organização criminosa especializada em fraudes cibernéticas, falsificação de documentos, estelionato e lavagem de dinheiro.

Ao todo, foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão em cidades do interior de São Paulo — Sorocaba, Votorantim, Ibiúna, Paulínia, Marília e Peruíbe — além de Imperatriz, no Maranhão. A ação é coordenada pela unidade da PF em Sorocaba.

Durante as diligências, foram apreendidos dispositivos eletrônicos, celulares, documentos, veículos, dinheiro em espécie, cartões bancários em nome de terceiros e materiais utilizados na falsificação de documentos. Além disso, a Justiça determinou o bloqueio de contas bancárias, sequestro de bens móveis e imóveis e a custódia de criptoativos.

Esquema e movimentação do dinheiro

As investigações apontam que a organização obteve elevados ganhos ilícitos por meio de fraudes contra o Estado, empresas e particulares, além da comercialização de dados pessoais. O dinheiro era pulverizado em contas de terceiros e movimentado por meio de empresas de fachada, com o apoio de um contador, em uma estratégia para dificultar a ação das autoridades.

Origem das investigações

As apurações começaram em 2020, após a Caixa Econômica Federal identificar fraudes em 91 benefícios do Auxílio Emergencial, que somaram R$ 54,6 mil desviados para contas em Indaiatuba (SP). A partir daí, a PF de Campinas descobriu milhares de outras irregularidades, envolvendo aproximadamente 360 contas utilizadas em operações fraudulentas.

A Operação Lauandi é um desdobramento da Operação Apateones, deflagrada em março de 2023 pela PF em Campinas, que investigava o mesmo grupo criminoso. Na ocasião, o homem apontado como líder da organização e sua esposa foram presos em flagrante por organização criminosa e posse ilegal de arma de fogo de uso restrito.

Crimes e penas

Os investigados poderão responder por falsificação de documentos, estelionato, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Somadas, as penas podem ultrapassar 20 anos de prisão, segundo a Polícia Federal.

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