Polícia Militar executa ação de reintegração de posse em terreno rural de Iperó

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Na manhã desta quinta-feira (24), a Polícia Militar, em cumprimento a uma ordem judicial, realizou uma operação de reintegração de posse no bairro Araçoiabinha, em Iperó (SP). A ação ocorreu em uma área rural do Sítio São José, onde cerca de 100 famílias, ligadas ao Movimento Social de Luta dos Trabalhadores (MSLT), estavam ocupando irregularmente o terreno desde outubro de 2023.

A operação, que contou com apoio de diversas unidades especializadas, incluindo a Força Tática, o Batalhão de Ações Especiais de Polícia (BAEP), o Policiamento Ambiental e o helicóptero Águia, teve como objetivo garantir o cumprimento da ordem judicial de desocupação. Além das forças policiais, o Corpo de Bombeiros também prestou suporte durante a ação.

Segundo a prefeitura de Iperó, que foi acionada para dar assistência às famílias, aproximadamente 115 famílias foram cadastradas pela Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social, que participou ativamente do processo. A maioria das famílias, no entanto, já havia deixado o local antes do início da operação. A ação também contou com o apoio do Conselho Tutelar e da Secretaria de Meio Ambiente.

De acordo com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), que acompanhou o caso, a transferência das famílias estava sendo negociada, e havia sido solicitado à Justiça um prazo maior para a desocupação, que venceria apenas em 8 de novembro. No entanto, o Incra foi surpreendido pela presença do Oficial de Justiça e das forças policiais na manhã de quinta-feira. O Instituto ainda solicitou que os barracos das famílias não fossem destruídos, para que pudessem ser reutilizados em uma nova área, mas o pedido não foi atendido.

Com o cumprimento da reintegração de posse, a Justiça apurou que as famílias viviam em condições precárias em 270 moradias improvisadas, ressaltando a urgência de uma solução habitacional para essas pessoas. A área ocupada é particular, e a operação foi realizada para devolver o terreno a seus proprietários.

O caso levanta debates sobre a questão da moradia e a ocupação irregular de terras no interior de São Paulo, ressaltando a necessidade de políticas públicas que garantam habitação adequada para famílias em situação de vulnerabilidade.

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