Sob pressão, Tarcísio recua e cancela novos pedágios em Sorocaba

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A pressão popular e a mobilização de lideranças locais fizeram o Governo de São Paulo voltar atrás na decisão de instalar pórticos eletrônicos de pedágio em pontos estratégicos de Sorocaba. Anunciado como parte da concessão da chamada Rota Sorocabana, o projeto original previa 13 pórticos de cobrança, mas teve quatro deles excluídos após forte repercussão negativa — todos localizados em trechos dentro ou nos arredores do município.

A mudança foi anunciada pelo próprio governador Tarcísio de Freitas, que reconheceu a necessidade de ajustar o plano. “Chegamos à conclusão de que vamos retirar os quatro pedágios previstos para Sorocaba, preservando os investimentos na região e mantendo os valores com justiça tarifária”, afirmou o governador.

Foram suprimidos dois pórticos na Rodovia Raposo Tavares (SP-270), entre a Rodovia João Leme dos Santos (SP-264) e a Rodovia Dr. Celso Charuri (SPA-91/270), além de um na própria Charuri e outro na Castelinho (SP-075), trecho que liga Sorocaba à Dr. Celso Charuri.

A decisão é vista como uma vitória da mobilização social e política, já que desde o anúncio da concessão, moradores e representantes locais alertavam para o impacto negativo da cobrança em pequenos deslocamentos dentro do município. Além disso, a instalação dos pórticos em vias urbanas gerava o risco de cobrança indevida para quem utiliza essas rodovias em percursos curtos ou exclusivamente dentro da cidade.

Apesar do recuo, o modelo de pedágio eletrônico free flow continua em implementação nos demais pontos previstos do projeto, que cobre 460 km de rodovias na região sudoeste do Estado e deve receber R$ 8,8 bilhões em investimentos.

A retirada dos pórticos em Sorocaba, porém, mostra que o contrato com a concessionária CCR Sorocabana permite ajustes e que a força da opinião pública ainda tem peso. A mobilização local foi essencial para que o governo estadual revisasse o traçado e optasse por uma medida que prioriza, ao menos neste caso, o interesse direto da população.

A concessão, que engloba trechos das rodovias Raposo Tavares, Castello Branco, Castelinho e Celso Charuri, segue com a promessa de obras, geração de empregos e tarifas mais justas. Ainda assim, o episódio reforça a importância da participação popular nas decisões que impactam diretamente o dia a dia dos cidadãos.

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