Sorocaba confirma primeira morte por intoxicação por metanol

A Secretaria da Saúde de Sorocaba confirmou nesta quarta-feira que o município registrou sua primeira morte provocada por intoxicação por metanol. A vítima, um jovem de 26 anos identificado como Felipe Henrique Alves da Silva, morreu em 16 de agosto após apresentar sintomas compatíveis com envenenamento pelo composto químico. O caso integra o levantamento estadual que já aponta dez óbitos decorrentes do consumo de bebidas adulteradas.

De acordo com informações da pasta municipal, o morador começou a sentir dores de cabeça, náusea e ânsia após ingerir bebida alcoólica. O Samu foi acionado, porém a equipe constatou o óbito ainda na residência. A causa da morte foi confirmada somente na terça-feira, mais de três meses após o ocorrido. Felipe deixou dois filhos e foi sepultado no Cemitério Consolação no dia seguinte.

A confirmação foi divulgada em meio ao alerta emitido pelo governo estadual sobre o aumento dos casos de intoxicação por metanol. Segundo dados mais recentes da Secretaria Estadual da Saúde, dez mortes já haviam sido registradas até esta quarta-feira no Estado e pelo menos 49 casos foram notificados em diferentes municípios. Sorocaba e Jundiaí concentram vinte por cento dos óbitos confirmados.

A região também contabiliza a morte de Leonardo Anderson, de 37 anos, morador de Jundiaí, que faleceu em 14 de outubro após permanecer 11 dias internado. Familiares relataram que ele havia ingerido bebida alcoólica antes de apresentar os sintomas de envenenamento.

Diante do cenário, a Vigilância Sanitária de Sorocaba intensificou as fiscalizações em estabelecimentos que comercializam bebidas alcoólicas. As ações contam com o apoio da Polícia Militar e da Guarda Civil Municipal para localizar possíveis produtos adulterados, orientar comerciantes e impedir a circulação de itens irregulares.

O metanol é uma substância de difícil identificação e altamente tóxica. A ingestão ou inalação pode provocar náusea, tontura, convulsões, cegueira e morte. Especialistas alertam que, sem tratamento médico imediato, o quadro pode se agravar de forma irreversível em até 48 horas.

A Prefeitura reforça que a população deve adquirir bebidas apenas de estabelecimentos confiáveis e denunciar qualquer comércio suspeito. Segundo o município, as operações de fiscalização seguirão de forma contínua enquanto durar o alerta estadual.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *