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Um jovem de 24 anos foi preso no último fim de semana, suspeito de participar do latrocínio (roubo seguido de morte) que vitimou a idosa Santa Luzia Gomes Pintor, de 71 anos, na Vila Marta, zona norte de Sorocaba. O crime aconteceu na madrugada do dia 9 de março deste ano e chocou os moradores pela brutalidade.
De acordo com o delegado Rodrigo Ayres, titular da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Sorocaba, o suspeito e um comparsa, que ainda está foragido, invadiram a residência da vítima pulando o muro e se esconderam durante a madrugada em um cômodo que ela usava como salão de cabeleireiro.
Quando amanheceu e a idosa abriu a porta do salão, os criminosos a renderam, amarraram mãos e pés e amordaçaram com um pano embebido em produtos encontrados no local, como acetona. Segundo laudo pericial, a causa da morte foi asfixia. A idade avançada e o possível esforço para tentar se soltar podem ter contribuído para a morte, mas a Polícia Civil não descarta a possibilidade de agressão física.
A vítima foi encontrada sem vida por familiares, seminua, com sinais evidentes de violência. A cena, segundo relato de um dos filhos, era de extrema brutalidade e indicava que ela pode ter sido torturada.
Os criminosos fugiram levando joias e uma quantia em dinheiro. Na operação que resultou na prisão do suspeito, os policiais também cumpriram quatro mandados de busca e apreensão, onde localizaram joias e bijuterias. Os objetos estão sendo periciados e serão apresentados à família da vítima para confirmação de propriedade.
O delegado explicou que os criminosos tinham informações privilegiadas sobre a rotina da vítima e a planta da casa, mas não tinham qualquer relação pessoal com ela. A suspeita é de que eles tenham recebido as informações de terceiros. A possibilidade de envolvimento de outras pessoas no crime segue em investigação.
O suspeito detido já tem antecedentes por tráfico de drogas e receptação. Ele passou por audiência de custódia nesta terça-feira (3), que decidirá se sua prisão temporária será convertida em preventiva ou se ele responderá em liberdade.
As investigações continuam, e a Polícia Civil reforça o pedido para que qualquer informação sobre o paradeiro do segundo envolvido seja repassada de forma anônima pelo telefone 181, o Disque-Denúncia.